segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Contra o golpe e contra o ajuste! (Nota de conjuntura da Frente Resistência)


Nota de conjuntura da Frente Resistência
Janeiro de 2016

O golpismo contra o governo Dilma tem perdido força. As contradições entre os setores da oposição de direita -tendo como exemplos o cerco ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (investigado por corrupção e alvo do conselho de ética da Casa) e as decisões do STF contra seu atabalhoado rito do processo de impeachment, o papel de "bombeiro" que o vice Michel Temer tem adotado, bem como a "suavização" no discurso das grandes empresas de mídia- enfraquecem a possibilidade de "golpe branco" (isto é, golpe travestido de legalidade).

Porém, o refluxo do movimento golpista parece ser apenas temporário. Tais setores tem feito esforços enormes para incluir, cedo ou tarde, Lula como réu nas investigações da Lava-Jato, inviabilizando-o para as eleições presidenciais de 2018, bem como se apegam a qualquer elemento ou dado que possa ser usado contra o governo Dilma.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Picaretas a rodo... Muitas lutas a travar!


Mario Medina*
(originariamente aqui)

Eles perdem o pudor, mas não abrem mão do poder. Me permitam o jogo de palavras. É que essa metáfora contempla muito bem as classes políticas que se revezam no executivo brasileiro. Tanto PT e base aliada quanto seus opositores de direita preferem perder publicamente a dignidade a perder a oportunidade de desfrutar das benesses do poder. Para conquistar presidência e governos estaduais eles são capazes de abstrair de quaisquer escrúpulos.Haja visto a batalha pelo objeto da presidência que toma os noticiários há vários meses. Dilma fez o que estava a seu alcance para não sofrer o impeachment; descolou completamente das bases sociais que a elegeram e se entregou aos achaques peemedebistas, aos desejos indecorosos do mercado financeiro e às negociações de gabinete com sua base golpista. Vejam só, é o partido que levou a vice presidência em sua chapa que agora trama internamente por sua derrubada.

O desejo de subir ainda mais ao poder faz com que PMDB e PSDB conspirem para ganhar a presidência no tapetão, já que não foram capazes de derrotar o PT nas urnas. Se beneficiam da impopularidade de Dilma e do PT para eclipsar sua responsabilidade nos escândalos da Petrobrás e se lançam desesperadamente ao rito do impeachment, com Cunha e tudo. Não importa que Cunha seja um notório picareta, um psicopata energúmeno disposto a passar por cima de quem se opuser a ele. Corre à boca miúda inclusive que Serra já até teria negociado um ministério na eventual gestão de Temer. A crise política promete surpresas em Brasília.